segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Novas directrizes desaconselham o rastreio de rotina do cancro intestinal em pessoas com mais de 50 anos

Novas directrizes clínicas desaconselham o rastreio do cancro colorrectal (CCR) universal em pessoas com idades entre os 50 e os 79 anos.


As directrizes, desenvolvidas por um painel internacional de especialistas, foram publicadas num artigo do jornal BMJ Rapid Recommendation.

Várias directrizes recomendam o rastreio, mas apresentam variações quanto ao teste recomendado, à idade e à frequência do rastreio. Esta directriz analisa as evidências e faz recomendações sobre quatro opções de rastreio: teste imunoquímico fecal (TIF) anual, TIF a cada dois anos, sigmoidoscopia única ou coloscopia única, para adultos com idades entre os 50 e os 79 anos sem rastreio anterior, sem sintomas de CCR e com uma esperança de vida de, pelo menos, 15 anos.

Com base nas evidências actuais, as directrizes desaconselham o rastreio de indivíduos com um risco de CCR, estimado a 15 anos, inferior a 3% (recomendação fraca). Para indivíduos com um risco estimado a 15 anos superior a 3%, o painel recomenda o rastreio com qualquer uma das quatro opções estudadas (recomendação fraca).

De um modo geral, houve uma grande incerteza relativamente aos benefícios, encargos e danos a 15 anos do rastreio. As melhores estimativas sugeriram que as quatro opções resultaram em reduções semelhantes da mortalidade por CCR. No entanto, um TIF a cada dois anos pode ter pouco ou nenhum efeito na incidência do cancro ao longo de 15 anos, afirmam os especialistas.

Referências
Helsingen LM, Vandvik PO, Jodal HC, Agoritsas T, Lytvyn L, Anderson JC, et al. Colorectal cancer screening with faecal immunochemical testing, sigmoidoscopy or colonoscopy: a clinical practice guideline . BMJ 2019;367:l5515. doi: 10.1136/bmj.l5515

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