A Igreja Católica proíbe que os fiéis espalhem as cinzas de mortos cremados ou que as conservem nas suas próprias casas, segundo um novo documento aprovado pelo Papa Francisco.

No documento, divulgado na passada terça-feira, explica-se que, embora a Igreja Católica continue a preferir o sepultamento dos mortos, a cremação é aceite. Porém, os fiéis estão proibidos de espalhar as cinzas e, inclusive, o funeral pode ser negado caso isso seja decidido.
"Para evitar qualquer tipo de equívoco panteísta, naturalista ou niilista, não será permitida a dispersão das cinzas no ar, na terra ou na água ou, ainda, em qualquer outro lugar. Exclui-se ainda a conservação das cinzas cremadas sob a forma de recordação comemorativa em peças de joalharia ou em outros objectos", orienta o texto divulgado, aprovado pelo pontífice.
O consultor da "Congregação para a Doutrina da Fé", Ángel Rodrígez Luño, explicou que a conservação das cinzas em casa só pode ser permitida em casos de "graves e excepcionais circunstâncias", em que uma pessoa faça esse pedido por "piedade ou proximidade".
Para a Igreja Católica, a conservação das cinzas em cemitérios ou em outros locais "favorece a memória e a oração pelos defuntos da parte dos seus familiares e de toda a comunidade cristã".
"Por outro lado, deste modo, evita-se a possibilidade de esquecimento ou falta de respeito que podem acontecer, sobretudo depois de passar a primeira geração, ou então cair em práticas inconvenientes ou supersticiosas", afirma o texto.
O comediante Bruno Nogueira, na sua rubrica matinal "Mata-bicho", na Antena 1, parodiou hoje esta questão. Escutemos (com a necessária indulgência...) o seu "Cremado e Escaldado".

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