terça-feira, 5 de julho de 2016

János Starker

János Starker, violoncelista e pedagogo húngaro, naturalizado norte-americano em 1954, nasceu no dia 5 de Julho de 1924 em Budapeste.

János Starker foi uma criança-prodígio. Começou a tocar violoncelo aos seis anos de idade e ingressou na prestigiada academia Franz-Liszt, de Budapeste, onde Bartók trabalhava. Em seguida juntou-se à filarmónica e à orquestra da ópera da capital húngara, chegando a ocupar, como seria de esperar, o lugar de primeiro violoncelo.

Durante a Segunda Grande Guerra Mundial Starker perdeu quase todos os seus entes mais próximos. Foi para aos Estados Unidos em 1948, passando a tocar em várias formações, primeiro na Orquestra Sinfónica de Dallas, depois na orquestra da "Metropolitan Opera" de Nova Iorque, mais tarde na Orquestra Sinfónica de Chicago. Dez anos mais tarde, tornou-se professor da "Jacobs School of Music" da Universidade do Indiana, em Bloomington e começou a viajar pelo mundo, dirigindo uma série de masterclasses e workshops.

Com reputação de personalidade glacial - definia-se a si próprio como "aquele cuja chama interior gela o ar à sua volta" - János Starker escondia em si um virtuoso de excepção, de grande sensibilidade, sendo considerado um dos maiores artistas do seu tempo, na sua especialidade.

János Starker gravou numerosos discos com um dos seus amigos, o pianista György Sebök (1922-1999), húngaro e judeu como ele. Starker participou em cerca de dez concertos no "Théatre de la Ville" entre 1989 e 2000, umas vezes a solo, outras com Sebök.

Reconhecido como mestre incontestado e um dos melhores professores de violoncelo, János Starker formou alguns dos mais relevantes intérpretes da actualidade, como Marc Coppey, Raphaël Pidoux e Lluís Claret.

János Starker continuou a ensinar até ao Inverno de 2012, mas parou de se apresentar em cena em 2005, devido à sua saúde decadente. Faleceu a 28 de Abril de 2013 em Bloomington, Indiana, com a idade de 88 anos.

Entre 1950 e 1965 Starker tocou no Stradivarius «Lord Aylesford», o maior dos violoncelos (79,4 cm) construído por aquele luthier. A partir de 1965 tocou num Matteo Gofriller (o «Starker; Spencer; James»).

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