Autor de concertos e sonatas para violino, entre estas a famosa sonata O Trilo do Diabo, e sonatas em trio, Giuseppe Tartini introduziu novas exigências na técnica violinística através de trilos e cordas duplas. Com Georg Andreas Sorge (1703-1778) descobriu os sons harmónicos que surgem quando vibram dois sons não muito próximos um do outro. Tartini escreveu tratados de violino e expôs a sua concepção harmónica do modo menor.
Giuseppe Tartini começou muito cedo a ter lições de música e de violino, mas pouco interesse evidenciou pela matéria até aos vinte anos de idade, dedicando-se mais ao estudo de direito na Universidade de Pádua. Tendo casado secretamente com a sobrinha de um cardeal, recebeu ordem de prisão. Disfarçado de frade, Tartini conseguiu fugir, encontrando refúgio no convento dos franciscanos de Assis.
Giuseppe Tartini começou muito cedo a ter lições de música e de violino, mas pouco interesse evidenciou pela matéria até aos vinte anos de idade, dedicando-se mais ao estudo de direito na Universidade de Pádua. Tendo casado secretamente com a sobrinha de um cardeal, recebeu ordem de prisão. Disfarçado de frade, Tartini conseguiu fugir, encontrando refúgio no convento dos franciscanos de Assis.
Durante o seu retiro, Tartini entregou-se então intensamente ao estudo do violino, pesquisando novas possibilidades sonoras do instrumento. Ao mesmo tempo dedicou-se à composição, tendo então escrito a célebre Sonata n.º 2 Op. 1 (O Trilo do Diabo), cujo nome provém do espantoso encadeamento de trilos no terceiro movimento da obra. De acordo com o depoimento que o compositor fez ao astrónomo Jérôme Lalande, e que este reproduziu na sua obra "Voyage d’un François en Italie en 1765 et 1766" (1769), a realização dessa sonata teria sido sugerida em sonho pelo próprio demónio. Até hoje a obra permanece como uma "peça de resistência" no repertório dos virtuosos do violino.
Perdoado pelo cardeal, Tartini voltou a Pádua, para junto da esposa, iniciando então a carreira de concertista. O enorme sucesso atraiu inúmeros discípulos, de vários países, pelo que criou uma escola de violino em Pádua (1728), logo denominada "Escola das Nações". Adquiriu grande reputação como virtuoso e professor, tendo Pietro Nardini sido um dos seus alunos favoritos.
A sua dedicação ao ensino resultou na execução de trabalhos didácticos, entre os quais o "Tratado de música segundo a verdadeira ciência da harmonia" (1754). Além de ser o maior violinista do século XVIII, Giuseppe Tartini distinguiu-se como compositor responsável pela evolução do concerto e da sonata. Foram as sonatas que mais lhe valeram a dupla glória de intérprete e de criador. Entre elas destacam-se a "Sonata n.º 11 em sol menor Op. 11, Didone", a "Sonata n.º 1 em si bemol maior Op. 6, Imperador", além da já mencionada Sonata n.º 2 Op. 1, O Trilo do Diabo". Também são notáveis as "Variações" sobre um tema de Corelli.
Giuseppe Tartini morreu em Pádua a 26 de Fevereiro de 1770.
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