A grande temática da obra de David Alfaro Siqueiros é a revolução mexicana e o povo mexicano, que ele representou como o protagonista da luta por uma sociedade melhor, a sociedade socialista utópica. A sua pintura é uma pintura de intervenção política, de crítica da sociedade capitalista e de defesa dos ideais comunistas, que em Siqueiros assumem uma dimensão monumental pela força e franqueza das suas convicções. Em 1966 foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz.
Agrónomo de formação, Siqueiros estudou pintura na Academia de Belas-Artes de San Carlos entre 1908 e 1914 e, mais tarde, na Academia de Santa Anita. Foi para França em 1919, onde conheceu Diego Rivera, e ambos decidiram impulsionar uma arte grandiloquente, heróica e monumental, que exprimisse o sentimento da América. Em 1922 regressou ao México para pintar o seu primeiro grande mural, Os Elementos (Escola Nacional Preparatória) e organizar o sindicato de técnicos, pintores e escultores, convertendo-se no inspirador de uma nova arte proletária com raízes no realismo socialista soviético. As suas actividades forçaram-no a exilar-se na Argentina (1932-1933) e em Nova Iorque (1935).
Em 1939 David Alfaro Siqueiros voltou ao México. Pintou os murais do Palácio das Belas-Artes (Adoração, A Nova Democracia e Apoteose de Cuauhtémoc) entre 1945 e 1951, os do Congresso (O Avanço da Humanidade, 1967), etc.
Siqueiros foi o primeiro pintor a utilizar sistematicamente a pistola aerográfica e materiais como a piroxilina, os silicatos, a laca, etc., bem como novas matérias corantes na execução dos seus murais, frescos e pinturas escultóricas. A sua obra, expressionista figurativa, tem um colorido extremado e uma grande expressividade.
David Alfaro Siqueiros morreu no dia 6 de Janeiro de 1974 na Cidade do México.
David Alfaro Siqueiros morreu no dia 6 de Janeiro de 1974 na Cidade do México.
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| A Nova Democracia, David Alfaro Siqueiros, 1945, Mural no Palácio das Belas-Artes, Cidade do México |
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