Alfred Manessier, pintor francês, um dos mestres da Nouvelle École de Paris (Nova Escola de Paris), nasceu no dia 5 de Dezembro de 1911 em Saint-Ouen, Somme.
Após estudos na Escola de Belas Artes de Amiens, mais tarde na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts (Escola Nacional Superior de Belas Artes) de Paris, e depois de iniciação na arquitectura e nos afrescos, Alfred Manessier dedicou-se à pintura, antes de descobrir a tapeçaria e o vitral.
Nas obras da juventude de Alfred Manessier percebem-se as influências do impressionismo, do cubismo tardio, do surrealismo e do fauvismo. Contudo, como com todos os grandes pintores, inicialmente Manessier apegou-se à escola dos grandes mestres como Tintoretto, Tiziano, Renoir e, sobretudo, Rembrandt, cujo espírito pode encontrar-se num auto-retrato. E foi praticando em cópias de obras suas existentes no Museu do Louvre que ele conheceu Jean Le Moal.
Mas a obra de Manessier desenvolveu-se definitivamente a partir do momento em que ele descobriu a necessidade de se consagrar à pintura não figurativa. Próxima da arte abstracta, é preferível contudo qualificá-la como pintura não figurativa. As obras de Manessier são, de facto, profundamente apoiadas na realidade, mesmo quando não são directamente alusivas. Elas nunca são construções gratuitas, organizam-se sempre em torno de referências mais ou menos explícitas a lugares, eventos políticos, meditação sobre os textos sagrados. O quadro Salve Regina, de 1945, é representativo da descoberta desse relação particular entre as emoções e as formas sensíveis.
Alfred Manessier foi um dos artistas que durante a ocupação nazi de França participou na exposição dos 20 pintores da tradição francesa, em 1941, que anunciava a geração do abstracto do pós-guerra.
Convertido ao catolicismo em 1943, Massenier passou a desenvolver intensa actividade na decoração de edifícios religiosos, como pintor e vitralista.
Vítima de um acidente de trânsito em Loiret, França, a 28 de Julho de 1993, Alfred Manessier faleceu no dia 1 de Agosto seguinte no hospital de Orléans la Source, França. No dia 5 de Agosto, tiveram lugar as cerimónias do seu funeral na Igreja do Santo Sepulcro de Abbeville e foi enterrado na sua aldeia natal.
No seu cavalete ficou, inacabada, a obra Notre amie la mort selon Mozart, última meditação pictórica sobre uma passagem de uma carta de Mozart a seu pai.
No seu cavalete ficou, inacabada, a obra Notre amie la mort selon Mozart, última meditação pictórica sobre uma passagem de uma carta de Mozart a seu pai.
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Soirée d'Octobre, Alfred Manessier, 1946 |
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