António Pereira Nobre, mais conhecido como António Nobre, poeta português cuja obra se insere nas correntes ultra-romântica, simbolista, decadentista e saudosista da geração do fim do século XIX português, nasceu na cidade do Porto no dia 16 de Agosto de 1867.
Ao princípio, a sua poesia mostrava uma certa influência de Almeida Garrett e de Júlio Dinis, contudo, numa segunda fase, fica clara a influência do Simbolismo Francês. Considera-se a sua obra poética inserida na corrente que ficou conhecida como Neogarretismo.
Matriculou-se-se no curso de Direito na Universidade de Coimbra em 1888. Como os estudos lhe corressem mal, partiu para Paris onde frequentou a Escola Livre de Ciências Políticas, licenciando-se em Ciências Jurídicas. De regresso a Portugal, tentou entrar na carreira diplomática, mas a tuberculose impediu-o. Doente, ocupou o resto dos seus dias em viagens a procurar remédio para o seu mal, da Suíça à Madeira.
Acabou por falecer vítima de tuberculose pulmonar, ainda muito novo, na Foz do Douro, no dia 18 de Março de 1900. Foi sepultado num jazigo no Cemitério do Prado do Repouso construído em 1907 pelo irmão, Augusto Nobre, mas o corpo do poeta foi transferido em 1946 para o cemitério de Leça da Palmeira, localidade onde havia crescido.
Acabou por falecer vítima de tuberculose pulmonar, ainda muito novo, na Foz do Douro, no dia 18 de Março de 1900. Foi sepultado num jazigo no Cemitério do Prado do Repouso construído em 1907 pelo irmão, Augusto Nobre, mas o corpo do poeta foi transferido em 1946 para o cemitério de Leça da Palmeira, localidade onde havia crescido.
Vaidade, Tudo Vaidade!
Vaidade, meu amor, tudo vaidade!
Ouve: quando eu, um dia, for alguém,
Tuas amigas ter-te-ão amizade,
(Se isso é amizade) mais do que, hoje, têm.
Vaidade é o luxo, a gloria, a caridade,
Tudo vaidade! E, se pensares bem,
Verás, perdoa-me esta crueldade,
Que é uma vaidade o amor de tua mãe...
Vaidade! Um dia, foi-se-me a Fortuna
E eu vi-me só no mar com minha escuna,
E ninguém me valeu na tempestade!
Hoje, já voltam com seu ar composto,
Mas eu, vê lá! eu volto-lhes o rosto...
E isto em mim não será uma vaidade?
(António Nobre, in "Só)
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