quarta-feira, 15 de julho de 2015

O Rapto de Europa

Europa, filha de Agenor, rei da fenícia, e de Telefassa, era bela como o dia, de pele branca e aveludada.

Um dia, Europa brincava à beira do mar com as companheiras, quando Zeus a avistou. Imediatamente apaixonado por ela, para evitar o ciúme de Hera, transformou-se em touro branco, de cornos dourados , em forma de crescente de lua.

Europa viu-o, admirou-o, elogiou-o e teve a ousadia de montar nele. Foi então que o animal divino se atirou sobre as ondas e se fez ao largo.

O Rapto de Europa, Rembrandt, 1632, J. Paul Getty Museum, Los Angeles, Califórnia
Atingiu as costas de Creta, junto de Gortina, onde nasceram plátanos sempre verdes para perpetuar a união dos dois amantes.

Europa deu à luz três filhos, cuja lenda guarda e glorifica os nomes: Minos, Radamante e Sarpédon. Zeus, em troca destes filhos, concedeu três preciosos presentes a Europa: o Talo, um autómato que impedia qualquer desembarque inimigo nas costas de Creta, um cão que, graças à sua habilidade e celeridade, nunca falhava a presa e um venábulo de caça infalível.

Como lembrança daquela que, vinda da longínqua Fenícia, quisera aproximar-se de um mundo desconhecido, os antigos deram o nome de Europa a uma das quatro partes do mundo, enquanto lhe organizavam um culto, e os seus próprios irmãos (Fineu, Cadmo, Fénix e Cílice) que tinham partido em sua busca, fundavam colónias. 

(Rembrandt Harmenszoon van Rijn, pintor e gravador holandês, nasceu em Leiden no dia 15 de Julho de 1606)

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