Ruy Belo (Rui de Moura Ribeiro Belo), poeta e ensaísta português, nasceu no dia 27 de Fevereiro de 1933, em São João da Ribeira, Rio Maior.
Ruy Belo licenciou-se na Faculdade de Direito de Lisboa, onde se tornou membro da Opus Dei, doutorou-se em Direito Canónico em Roma com uma tese intitulada "Ficção Literária e Censura Eclesiástica" e licenciou-se em Filologia Românica em Lisboa. Foi director literário da Editorial Aster e chefe de redacção da revista Rumo.
Ainda que brevemente, Ruy Belo exerceu um cargo de director-adjunto no Ministério da Educação Nacional de então, mas o seu relacionamento com opositores ao regime da época, a participação na greve académica de 1962 e a sua candidatura a deputado, em 1969, pelas listas da Comissão Eleitoral de Unidade Democrática,
levaram a que as suas actividades fossem vigiadas e condicionadas.
Ocupou, ainda, um lugar de leitor de Português na Universidade de Madrid
(1971-1977). Regressado a Portugal, foi-lhe recusada a
possibilidade de leccionar na Faculdade de Letras de Lisboa, dando aulas
na Escola Técnica do Cacém, no ensino nocturno. Em 1991 foi
condecorado, a título póstumo, com o grau de Grande Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada.
Publicou poemas, ensaios e crítica literária. Estreou-se com o volume de poemas Aquele Grande Rio Eufrates (1961) e com a colectânea de ensaios Poesia Nova.
Os temas da poesia de Ruy Belo apresentam raízes de ordem predominantemente religiosa e metafísica debatidas numa perspectiva de aprofundamento existencial.
Ruy Belo morreu de edema pulmonar, muito novo, apenas com 45 anos, a 8 de Agosto de 1978, em Queluz.
Sem comentários:
Enviar um comentário