Investigadores na França e no
Canadá, usando uma base de dados no Quebeque, identificaram 1796 pessoas
com a doença de Alzheimer, cuja saúde foi monitorizada durante pelo
menos até seis anos antes de a doença ter sido diagnosticada.
Cada indivíduo foi comparado, por três vezes, com outros, agrupados por idade e género, para procurar alguma anormalidade.
A
investigação apurou que os pacientes com um registo de uso intensivo de
benzodiazepinas, um fármaco prescrito por norma
para a ansiedade e a insónia, durante pelo menos três meses, têm uma probabilidade
de 51% de serem diagnosticados com Alzheimer. O risco aumenta com o uso
daquela droga.
Se a utilização continuada de benzodiazepinas causa de facto a doença cerebral não está absolutamente demonstrado, mas a associação é tão flagrante que a questão deveria ser
examinada, defendem os autores.
A demência afecta cerca de 36 milhões de pessoas no mundo, uma quantidade
que se prevê que duplique de 20 em 20 anos à medida que a esperança de
vida aumenta e os nascidos na bolha demográfica do denominado "baby boom"
envelhecem.
(Sophie Billioti de Gage, PhD student, Yola Moride, professor, Thierry Ducruet, researcher, Tobias Kurth, director of research, Hélène Verdoux, professor, Marie Tournier, associate professor, Antoine Pariente, associate professor,Bernard Bégaud, professor)
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