(Excertos do artigo de opinião do jornalista João Marcelino, publicado no "Diário de Notícias" online no dia 2014.08.09)

2. O crime
também esteve associado aos últimos momentos da vida do velho BES. A
Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) já desconfia de algo
que fora do circuito oficial ninguém pode ter dúvidas: houve fugas de
informação criminosas que permitiram a algumas pessoas e instituições
safarem-se - o termo é este - da original intervenção de que o banco foi
alvo. Se no dia (sexta, 1 de agosto) em que as ações foram suspensas,
83 milhões delas foram transacionadas em 42 minutos (mais de duas vezes a
média diária!, até se chegar aos 12 cêntimos por ação!), se agora se
sabe que a Goldman Sachs conseguiu vender tudo o que tinha em carteira e
até, por aqueles dias, a Portugal Telecom decidiu fechar a sua conta no
banco dos acionistas!), a conclusão só pode ser uma: soube-se! Os
amigos, como aqueles a quem Ricardo Salgado mandou recomprar papel
comercial nos últimos três meses, inflacionando o prejuízo do banco em
sentido contrário às instruções recebidas do regulador, o Banco de
Portugal, conseguiram minorar as perdas. Os indícios são mais que muitos
e prová-los deve ser uma missão das instituições que regulam o setor,
em associação com a Justiça.»
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