.../...aquela frase desastrada é um triplo
salto de arrogância. Primeiro salto: Costa dá de barato que vai vencer
António José Seguro nas primárias. Segundo salto: Costa dá de barato que
vai vencer Pedro Passos Coelhos nas legislativas. Terceiro salto: Costa
dá de barato que Rui Rio vai vencer as eleições internas para a
liderança do PSD. Tanto barato pode sair-lhe caro. Dizer que Rui Rio é o
seu verdadeiro adversário é um desrespeito pelos eleitores do PS, um
desrespeito pelos eleitores do PSD e, em última análise, um desrespeito
pelo próprio processo democrático.
.../... afirmar que Rui Rio é o seu verdadeiro
adversário político é apenas mais um degrau da estratégia cheque em
branco: apresentem-me alguém que esteja à minha altura que depois a
gente conversa. Só que se ele for com esta táctica para os debates com
Seguro, talvez ganhe o PS, mas pode dizer adeus à esperança de uma
maioria absoluta. O eleitorado flutuante já não passa cheques em branco a
ninguém. Todos queremos uma resposta para o nosso presente. Gente que
só fala do futuro é coisa do passado.»
(Excertos do artigo de opinião de João Miguel Tavares, intitulado "O triplo salto de António Costa", publicado ontem no jornal "Público")
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