Um estudo da Universidade Portucalense, baseado na análise de dados obtidos de 136 alunos do 3.º ciclo e do secundário, no ano lectivo de
2012/2013, revela que, na sua maioria, eles "não são capazes de gerir as suas finanças, não possuem
hábitos de poupança, nem estão familiarizados com a linguagem
financeira".
Face a esta conclusão do estudo, o
director do Gabinete de Orientação dos Consumidores do ISEG destaca a
importância de os mais novos receberem uma mesada, pela qual devem ser
responsabilizados.
"Os filhos, neste momento, vão ser os pais do
futuro. Portanto, é um ciclo virtuoso que se pode criar: dar uma mesada
é responsabilizar um jovem pela gestão dos seus recursos para
satisfazer as suas necessidades", defende o economista João Calado que
participa, esta quarta-feira, numa conferência, em Aveiro, com o tema:
"De mesada em mesada, até ao orçamento familiar".
Além disso, os
pais deviam motivar os jovens a participar na gestão do orçamento
familiar: "Tomarem as decisões em conjunto, verem as restrições que têm e
saberem o que podem e não podem. Mas isto não é feito, normalmente
tenta-se esconder essas dificuldades financeiras".
Para a autora do estudo, Eugénia Maria Costa Ribeiro, é
necessário "investir neste tipo de educação, não só nos currículos
escolares mas também nas rotinas familiares".
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