quarta-feira, 18 de junho de 2014

Consumir carne vermelha processada ("carnes frias") aumenta o risco de insuficiência cardíaca

Um estudo (Processed and Unprocessed Red Meat Consumption and Risk of Heart Failure: A Prospective Study of Men) publicado na revista "Circulation: Heart Failure", revela existir um risco aumentado de insuficiência cardíaca e de mortes relacionadas com o consumo de carne vermelha processada

Pesquisadores do Karolinska Institutet, em Estocolmo, estudaram os hábitos alimentares em uma coorte de 37.035 homens (com idades entre 45 e 79 anos) durante um período de doze anos. O estudo fazia distinção entre o consumo de carne vermelha não processada e processada. A última incluía carnes frias fatiadas, salsicharia e morcela preta.

Ao longo do prolongado estudo, 2.891 homens foram diagnosticados com insuficiência cardíaca e 266 deles vieram a falecer por esse motivo. O risco de insuficiência cardíaca era 28 por cento mais elevado para os homens que consumiam maior quantidade de carne vermelha processada (mais de 75 gramas por dia) do que para os homens que consumiam menor quantidade (menos de 25 gramas por dia). Aqueles que consumiram maior quantidade de carne processada também duplicaram o risco de morte por insuficiência cardíaca em relação aos que tiveram menor consumo

Por cada aumento de 50 gramas por dia, o risco de insuficiência cardíaca aumentava em oito por cento e o risco de morte por insuficiência cardíaca em 38 por cento. Em contraste, o consumo de carne vermelha não processada não teve efeito sobre esse risco.

"Para reduzir o seu risco de insuficiência cardíaca e de outras doenças cardiovasculares, sugerimos evitar carne vermelha processada na sua alimentação e limitar a quantidade de carne vermelha não processada a uma a duas porções por semana ou menos", diz a autora do estudo Joanna Kaluza da Universidade de Varsóvia. Foi assumido que os resultados seriam semelhantes para mulheres.

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