Ingerir um pequeno-almoço reforçado e um almoço substancial pode ajudar as pessoas que sofrem de diabetes tipo 2 a superar a doença. As directrizes actuais de combate à doença apontam para seis pequenas refeições por dia como a quantidade de refeições ideal.
"Comparámos a eficiência do modelo clássico, de cinco ou seis refeições
por dia, com a de duas grandes refeições, pequeno-almoço e almoço, tendo
mais ou menos a mesma quantidade diária de calorias", declarou à Agência France Press a investigadora Hana Kahleova, do Instituto IKEM de
Praga, República Checa.
O estudo [Eating two larger meals a day (breakfast and lunch) is more effective than six smaller meals in a reduced-energy regimen for patients with type 2 diabetes: a randomised crossover study] concentrou-se numa amostra de 54 homens e mulheres com idades entre os 30 e os 70 anos, que sofrem de obesidade e diabetes tipo 2.
Durante três meses, aqueles que ingeriram refeições maiores
duas vezes por dia perderam mais 1,4 quilos do que os que seguiram o
modelo clássico, informou Kahleova.
Segundo os cientistas, estes resultados corroboram "evidências
anteriores" de que refeições em menor número com porções maiores traziam
mais benefícios.
Mudar os hábitos alimentares pode ajudar não só estas pessoas,
segundo o estudo realizado em Praga, mas também quem apenas deseja perder peso.
"Os pacientes com menos refeições tinham medo de
passar fome de noite, mas eles sentiram menos fome porque os deixamos
comer até ficarem satisfeitos", disse a pesquisadora Hana Kahleova. "Mas, quando comiam seis vezes ao dia, eles não ficavam satisfeitos. Isso foi surpreendente."
A investigadora preveniu que "aqueles que tomam insulina não podem
começar a dieta sem consultar um médico", afirmando que a mudança deve
conduzir a um ajuste significativo da dosagem de insulina injectada.
Porém, a autora deixou o aviso: "Não podemos fazer recomendações gerais com base neste único estudo".
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