Max Beckmann, pintor, gravador, escultor e escritor alemão, nasceu em Leipzig no dia 12 de Fevereiro de 1884.
Formou-se na Academia de Bela Artes de Weimar, entre 1899 e 1903. Posteriormente estudou em Florença e Paris.
Quer durante a sua formação, quer na obra posterior, sente-se a marca contraditória do impressionismo alemão, do estudo de Piero della Francesca e Luca Signorelli, bem como a atracção pela pintura gótica medieval. Depois da Primeira Grande Guerra Mundial, na qual participou, Max Beckmann foi um elemento notável da "nova objectividade" (Neue Sachlichkeit), movimento artístico surgido na Alemanha no princípio da década de 1920 como reacção ao expressionismo. Os seus quadros expressavam uma crítica social à Alemanha do pós-guerra.
Na década de 1930,
Beckmann reflectiu a sua consternação pela ascensão do
nacional-socialismo em nove trípticos, que são gigantescas alegorias
figurativas com cores estridentes, como A Partida (1932-1933). Beckmann pintou esta obra
imediatamente depois de os nazistas o terem destituído do cargo de professor
de arte na Escola de Arte Städel, de Frankfurt, por ser considerado artista degenerado. Em 1937 emigrou para Amsterdão ao saber que a sua obra iria ser exposta como arte degenerada numa exposição nazista.
Em 1947 Max Beckmann mudou-se para os Estados Unidos. Entre 1947 e 1949, foi professor na Universidade Washington de Saint Louis (Missouri), lugar que abandonou para ir para Nova Iorque, onde morreu no ano seguinte.
A Partida, Max Beckmann, 1932-1933, Museum of Modern Art, Nova Iorque |
O percurso de Max Beckmann foi, até ao fim, o de um individualismo feroz, oscilando sempre entre um realismo cru e um simbolismo quase hermético.
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