.../... «Sempre que alguém o critica, Miguel Sousa Tavares acusa o crítico de
querer promover-se à sua custa. Ao longo dos anos, vários especialistas
em marketing têm optado por essa campanha promocional infalível que
consiste em apontar críticas a MST, e ele tem-nos denunciado a todos. A
estratégia dos críticos é bastante pueril: uma vez que, até hoje, nunca
se descobriu uma razão válida para criticar MST, fica à vista de toda a
gente que as críticas só podem fazer parte de um plano de promoção
pessoal do crítico.
Esta semana, no âmbito da campanha de promoção do seu novo livro, MST
deu uma entrevista em que chamou "palhaço" ao Presidente da República.
MST, sendo licenciado em Direito, conhece o código penal, e sabe que
insultar o PR gera, como quase tudo o que é ilegal, uma atenção
mediática que é muito favorável à promoção de pessoas e bens.
.../... No próprio dia em que foi publicada a ofensa que dirigiu ao Presidente,
MST deu nova entrevista corrigindo a entrevista anterior, e admitiu que
se tinha excedido. Ou seja, MST criticou-se a si próprio. Ora, como
todos sabemos, a única razão que pode levar alguém a criticar MST é a
vontade de se promover à custa dele. Finalmente, alguém se promove à
custa de MST com todo o mérito e justiça - o que nos permite reescrever a
edificante história inicial. Um homem vai à agência de comunicação e
diz: "Doutor, estou a promover um livro numa época em que as pessoas
compram muito menos livros. Preciso de ajuda." O director da agência
concorda: "O seu caso é muito grave. Só há uma solução para si: tem de
criticar o Miguel Sousa Tavares." "Mas, doutor", diz o homem, "eu sou o
Miguel Sousa Tavares."»
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