segunda-feira, 13 de maio de 2013

Taxa sobre as pensões - afinal quem é que (ainda não) cedeu?

Vejam lá se conseguem entender:

António Pires de Lima, Presidente do Conselho Nacional do CDS, garante que a taxa sobre as pensões não vai ser aplicada tal como a troika pretendia, ou seja, que a medida fosse aplicada no Orçamento do próximo ano.

De acordo com a notícia publicada hoje pelo jornal "i online" Em declarações à Antena 1, o dirigente do CDS garantiu que a medida passou a "a facultativa, que o Estado português só a tomará se quiser". Acrescenta mesmo que existe "o compromisso óbvio dentro do governo para que a medida não venha a constar no Orçamento do Estado (OE) de 2014", uma vez que existem outras medidas apresentadas pelo primeiro-ministro que serão prioritárias e onde o governo irá focar a sua atenção, bem como outras que estão a ser estudadas como alternativa para atingir os 400 milhões de euros que representaria a TSU sobre os reformados.

O dirigente do CDS nega ainda que tenha sido o partido a ceder. "Quem cedeu foi a troika que regressou a Portugal com a determinação clara de fazer constar do texto assinado pelo governo português a exigência da aplicação, em 2014, daquela taxa e saiu de Portugal sem essa exigência confirmada", salientou, em declarações à agência Lusa, acrescentando que se está a transformar "uma vitória do governo português e em concreto do Dr. Paulo Portas numa espécie de vingança do CDS, mas é importante desmistificar aquilo que se passou ao longo da última semana".

Entretanto, outra notícia que pode ser lida numa página online do jornal "Expresso", informa que «A troika quer "total clareza" da parte de Vítor Gaspar na reunião do Eurogrupo que decorre esta tarde em Bruxelas, em relação às decisões tomadas pelo Governo no Conselho de Ministros de domingo em relação a algumas das medidas negociadas com os credores internacionais.

De acordo com uma fonte oficial europeia, esta expectativa surge na sequência das "novas discussões" mantidas ontem pelo Governo e que instalaram a confusão em relação ao que ficou realmente decidido quanto à taxa sobre as pensões.

Estas "novas discussões" surgiram já depois das "discussões muito construtivas e produtivas" mantidas entre os técnicos da troika e as autoridades nacionais "na semana passada": "Por isso esperamos que o ministro português das Finanças, Vítor Gaspar, preste total clareza sobre a situação ao Eurogrupo desta tarde, para que este possa avaliar se estão reunidas as condições necessárias para concluir a sétima revisão"».

Aguardemos para ver no que é que isto vai dar. Mas o mais certo é que os mais fracos - os actuais pensionistas e reformados - irão mesmo ser "privados" (eufemismo) de uma parte das suas pensões.

Sem comentários: