sexta-feira, 19 de abril de 2013

Pobre Seguro...

«Pobre Seguro: o homem bem tenta.

Uma crítica aqui, uma moção de censura ali. E, em frente às câmaras, peito feito contra a ‘austeridade’ e a favor do ‘crescimento’ (duas ideias em que ninguém tinha pensado). Mas, no fim do foguetório, volta tudo à casa da partida: o PS ainda está no barco da ‘troika’? Ou já saltou fora e hoje nada com o radicalismo anti--‘troika’? A resposta de Seguro é esquizofrenia pura: para consolar o partido (e os portugueses), recusa mais ‘austeridade’; para sossegar a ‘troika’ (e o governo), promete assumir todos os compromissos. Não sei o que pensarão os credores perante este espectáculo. O mais provável é não pensarem nada. Até porque são eles, e não Seguro, quem tem o livro de cheques no bolso.

As acrobacias do menino Tozé podem servir para entreter o circo da política portuguesa. Mas, desmontada a tenda, o país continua sem soberania e sem alternativa.»

(Opinião de João Pereira Coutinho, publicada hoje no espaço "A Voz da Razão" do jornal "Correio da Manhã)

Sem comentários: