«Pobre Seguro: o homem bem tenta.
Uma crítica aqui, uma moção de censura ali. E, em
frente às câmaras, peito feito contra a ‘austeridade’ e a favor do
‘crescimento’ (duas ideias em que ninguém tinha pensado). Mas, no fim do
foguetório, volta tudo à casa da partida: o PS ainda está no barco da
‘troika’? Ou já saltou fora e hoje nada com o radicalismo
anti--‘troika’? A resposta de Seguro é esquizofrenia pura: para consolar
o partido (e os portugueses), recusa mais ‘austeridade’; para sossegar a
‘troika’ (e o governo), promete assumir todos os compromissos. Não sei o
que pensarão os credores perante este espectáculo. O mais provável é
não pensarem nada. Até porque são eles, e não Seguro, quem tem o livro
de cheques no bolso.
As acrobacias do menino Tozé
podem servir para entreter o circo da política portuguesa. Mas,
desmontada a tenda, o país continua sem soberania e sem alternativa.»
(Opinião de João Pereira Coutinho, publicada hoje no espaço "A Voz da Razão" do jornal "Correio da Manhã)
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