Absolutamente nada, mas como escreve João Pereira Coutinho no seu artigo de opinião publicado hoje no jornal "Correio da Manhã",
«Quando o Presidente fala pouco, pedem--lhe que fale mais. Quando fala demais, pedem-lhe que fale menos.
Nem sei por que motivo Cavaco Silva não amua de vez e se dedica à
jardinagem. Porque se existiu discurso no ponto certo, foi o de ontem.
Austeridade? Sim, cansa. Gaspar? Sim, falhou muitas vezes. Programa da
‘troika’? Sim, podia ser melhor. Mas que não restem dúvidas: se o país
deseja continuar no euro, o ajustamento vai ser longo. Por isso falar de
eleições antecipadas é redundante: seja com o PSD, ou com o PS, ou até
com ambos e o CDS a servir de carro-vassoura, a salvação do país
dependerá dos três mosqueteiros. E se o país não se salvar? Simples: se o
país não se salvar, nem Cavaco se salva.
Ontem, o Presidente não fez um discurso; ele algemou-se publicamente aos
destinos do país (e do governo). E sem as ambiguidades tíbias que fazem
as delícias do cavacólogos. Melhor assim.»
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