sexta-feira, 26 de abril de 2013

Mas afinal que disse ontem Cavaco Silva que não fosse já conhecido?

Absolutamente nada, mas como escreve João Pereira Coutinho no seu artigo de opinião publicado hoje no jornal "Correio da Manhã",

«Quando o Presidente fala pouco, pedem--lhe que fale mais. Quando fala demais, pedem-lhe que fale menos.

Nem sei por que motivo Cavaco Silva não amua de vez e se dedica à jardinagem. Porque se existiu discurso no ponto certo, foi o de ontem. Austeridade? Sim, cansa. Gaspar? Sim, falhou muitas vezes. Programa da ‘troika’? Sim, podia ser melhor. Mas que não restem dúvidas: se o país deseja continuar no euro, o ajustamento vai ser longo. Por isso falar de eleições antecipadas é redundante: seja com o PSD, ou com o PS, ou até com ambos e o CDS a servir de carro-vassoura, a salvação do país dependerá dos três mosqueteiros. E se o país não se salvar? Simples: se o país não se salvar, nem Cavaco se salva.

Ontem, o Presidente não fez um discurso; ele algemou-se publicamente aos destinos do país (e do governo). E sem as ambiguidades tíbias que fazem as delícias do cavacólogos. Melhor assim.»

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