Segundo uma notícia publicada ontem no jornal "Tempo Medicina" a Associação Nacional de Farmácias (ANF), organização liderada por João Cordeiro, num ofício-circular enviado ao seus associados, informa que, a partir do dia de hoje, podem proceder à substituição de medicamentos aos seus
balcões, mesmo que as receitas estejam «trancadas» pelos médicos.
Assim, «a indicação da autorização ou não autorização, através de
uma cruz e da assinatura do médico, deixa de vigorar a partir de amanhã (hoje),
podendo o utente optar por outro medicamento equivalente».
Portanto, as farmácias têm luz verde para passarem a ignorar as
receitas que se encontrem trancadas pelos clínicos e não tenham razão de ser à
luz das novas disposições.
Efectivamente, o Ministério da Saúde, conforme recorda o documento, tinha 60
dias para regulamentar a prescrição por DCI (designação comum internacional). Como esse prazo se esgotou e a lei
entrava em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, a ANF é de opinião que já
pode levá-la à prática.
Pelos vistos, esta situação, que os médicos tanto temiam e combateram, está consumada. Para mal dos doentes. Para exclusivo benefício das farmácias.
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