É a expressão actualmente mais utilizada pela grande maioria dos falantes que "mandam" sentenças sobre os mais variados assuntos. Na rádio ou na televisão, quase não há comentador ou comentadora que se preze que, quando quer opinar sobre qualquer assunto da sua especialidade, seja do meio político, do meio social ou do laboral, do "ramo" futebolístico, etc., não comece a "sentença" com o inevitável "Eu diria que..." .
Ora, se o opinante vai de facto afirmar de imediato algo que traduz uma convicção própria, sem qualquer condicionalismo formal ou informal, qual a justificação para utilizar o verbo no condicional? Ele ou ela não "diriam" coisa nenhuma; ela ou ela dizem. Logo, deverá ser usada a expressão "Eu digo que...."
Ou será que com o emprego do verbo no condicional se pretenderá de alguma forma transmitir (inconscientemente?) alguma hesitação ou mesmo desresponsabilização na afirmação que é produzida?
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