Quem desça a Rua da Alegria, na cidade do Porto, desde o seu cruzamento com a Rua do Lima, até à Rua da Firmeza, constatará hoje com pesar e sem a mínima "alegria", o estado de abandono e decadência de boa parte dos edifícios residenciais, alguns com preocupantes indícios de ruína, outros entaipados ou com as portas e janelas obstruídas por tijolos ou blocos de cimento.
Das muitas casas de comércio ou serviços que existiam, a maioria encontra-se encerrada, sendo visíveis letreiros que anunciam encontrarem-se disponíveis para aluguer ou venda. Subsistem os velhos estabelecimentos de ensino e algumas casas de comércio do ramo automóvel, em menor número do que existia poucos anos atrás, bem como duas ou três papelarias, tabacarias e Pensões de qualidade duvidosa. Alguns espaços onde antes havia habitações ou espaços de comércio servem hoje como áreas de parqueamento exploradas por privados. Entretanto a circulação de viaturas e de peões é diminuta.
É esta, hoje, a triste realidade da Rua da Alegria, rua aberta em 1834 e assim baptizada em comemoração da vitória das armas constitucionais, da Liberdade e do Liberalismo.
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