terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Sebastião da Gama

Pequeno poema

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...

Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe... 

(Sebastião da Gama, autor deste poema, poeta e professor português, faleceu em Lisboa no dia 7 de Fevereiro de 1952, com apenas 27 anos de idade)

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