Claudio Abbado

Claudio Abbado, prestigiado director de orquestra italiano, nasceu a 26 de Junho de 1933 em Milão. O seu primeiro professor foi seu pai, Michelangelo Abbado, violinista e compositor. Abbado recorda que desejou pela primeira vez tornar-se maestro ainda criança, quando ouviu uma interpretação dos "Nocturnos" de Claude Debussy. Estudou regência com Hans Swarowsky, na Academia de Música de Viena. Em 1958 venceu o Concurso Internacional Koussevitsky, do que resultou uma série de compromissos como maestro de ópera em Itália. Fez a sua estreia no "La Scala", na sua cidade natal, em 1960 e foi seu Director Musical entre 1968 e 1986. Em 1963 ganhou o Concurso Dmitri Mitropoulos, o que lhe permitiu trabalhar por cinco meses com a Filarmónica de Nova York. Foi Maestro Principal da Orquestra Sinfónica de Londres de 1979 a 1987. Nos Estados Unidos, foi Maestro Convidado Principal da Orquestra Sinfónica de Chicago de 1982 a 1986. Com as duas orquestras, Abbado fez uma série de gravações para a Deutsche Grammophon. Em 1989, a Orquestra Filarmónica de Berlim elegeu Abbado como seu Regente Principal e Director Musical, sucedendo a Herbert von Karajan, posto que ocupou até 2002. Em 2003 foi-lhe diagnosticado cancro do estômago, o que levou à remoção de uma parte do seu aparelho digestivo. Depois de recuperado, Abbado formou a Lucerne Festival Orchestra, que abriu o Festival de Lucerna em 2003, e os seus concertos têm sido aclamados. Abbado deveria ali permanecer como Director Musical da orquestra e Maestro Principal até 2010. Ele também desempenha o cargo de director musical da Orquestra Mozart de Bolonha, Itália.

Abbado tem-se distinguido pela versatilidade e pela dimensão do seu repertório que abarca obras clássicas, com especial interesse pelo classicismo e pelo romantismo alemães (Mahler, cujas sinfonias gravou várias vezes) e a música de Rossini e Verdi, mas também obras de compositores do século XX, como Arnold Schoenberg, Alban Berg e outros mais contemporâneos como Karlheinz Stockhausen, Luigi Nono, Pierre Boulez ou Krzysztof Penderecki. Estreou obras de Manzoni e de Luigi Nono, e realizou gravações dos ciclos sinfónicos mais importantes: sinfonias e música coral de Johannes Brahms, sinfonias de Mahler, Tchaikovski, Prokofiev, Mussorgsky, Antonín Dvořák e Mozart.