Não é de todo possível ignorar o que vai acontecendo na campanha eleitoral para a a presidência da República Portuguesa. Ainda que recusemos assistir aos respectivos debates na rádio, na televisão, na imprensa escrita, basta estar minimamente atento às notícias diárias para se ser massacrado com os relatos e comentários que surgem a propósito, ou a despropósito. E pela "substância" da maioria dos comentários, conclui-se pela pobreza desta campanha eleitoral. À falta de debate sério, foi lançado para a discussão pública o "caso" BPN. Receia-se que esta questão aberrante possa ser arrastada até ao dia 23 de Janeiro... Leia-se o que, a propósito, escreveu hoje a jornalista Constança Cunha e Sá no seu artigo de opinião no jornal "Correio da Manhã", de que merece destaque este trecho:
.../...«Que diria Manuel Alegre se Cavaco Silva estivesse envolvido em negócios obscuros, com direito a vídeos em inglês e a uma série de perguntas por responder num despacho judicial? A crer na indignação que por aí jorra a propósito do BPN, presume-se que cairia o Carmo e a Trindade, por entre um coro imenso de acusações mortíferas e de exigências espectaculares. Para não falar das licenciaturas ao domingo, dos imbróglios do amigo Vara, das casinhas mal--amanhadas e ainda pior explicadas e de todos os outros casos que o PS cala e consente – e, em muitos casos, defende.».../...
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