"The Last Station", de Michael Hoffman, é uma das boas produções de 2009, conta com grandes intérpretes, alguns deles com excelentes prestações, contudo é um filme que não brilha e também não entusiasma o espectador. Vê-se com agrado, simplesmente. Aborda factos relacionados com o último ano da vida de Leo Tolstoi, ano de 1910, até à sua morte. Factos, aliás, conhecidos e documentados, mas pouco divulgados.
Efectivamente Os últimos anos de vida de Tolstoi (Christopher Plummer) são marcados por uma postura marcadamente ascética e social que o escritor tenta pôr em prática e divulgar. Ele não quer ser o Conde Tolstói, mas somente Lev Nikoláevitch. Ele não quer viver rodeado de luxo, nem ceder a impulsos mundanos ou libidinosos, como antigamente. Ele decide escapar à opressiva influência de sua mulher, a Condessa Sófia Andréevna (Helen Mirren) que depois de 48 anos de casamento e total dedicação, esposa e mãe dos seus 13 filhos, vendo-se na iminência de perder todo o seu património, luta até ao limite para proteger o legado do marido e o futuro da sua família e lhe proíbe visitar e ser visitado pelo seu mais querido discípulo e amigo, Tchertkov (Paul Giamatti). Ele vai fugir.
O filme foi nomeado para dois Globos de Ouro e dois Óscares, nas categorias de Melhor Actriz (Helen Mirren) e Melhor Actor Secundário (Christopher Plummer), acabando por não ganhar nenhum deles, como é sabido. Saliente-se, no entanto, também a boa performance de Paul Giamatti, bem como interpretações adequadas de James McAvoy e de Kerry Condon.
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