Investigadores do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova Iorque, EUA, e da Universidade de Lund, na Suécia, constataram que o nível de PSA funcionava como indicador de elevada precisão na previsão do risco a longo prazo. O teste de PSA tem sido recomendado para a detecção precoce do cancro da próstata. Estes novos dados sugerem que um valor basal de PSA pode determinar quem deve continuar a ser submetido ao rastreio do cancro da próstata.
O estudo, publicado no “British Medical Journal”, indicou que num grupo de 1167 homens com 60 anos de idade que disponibilizaram amostras de sangue em 1981 e foram monitorizados até aos 85 anos de idade, 126 homens foram diagnosticados com cancro da próstata e 90% das mortes ocorreram naqueles que tinham níveis mais elevados de PSA aos 60 anos. Os investigadores concluíram que os homens que aos 60 anos apresentam um nível de PSA acima de 2 ng/ml têm um risco aumentado de sofrer de cancro da próstata mais agressivo, devendo assim ser submetidos ao rastreio regularmente.
Por outro lado, os homens com um nível de PSA inferior a 1 ng/ml apresentaram uma probabilidade de 0,2% de morrer de cancro da próstata. Os investigadores concluíram também que os homens com níveis de PSA nesta gama de valores apresentam um risco baixo de morrer devido a este tipo de cancro. O estudo indicou ainda que alguns homens considerados de baixo risco podem, na verdade, desenvolver cancro da próstata, porém este não é susceptível de causar sintomas ou de encurtar a vida aos 85 anos.
Andrew Vickers, um dos investigadores do estudo, lembrou que muitas vezes os testes detectam muitos cancros da próstata que não são prejudiciais, criando ansiedade e tratamentos desnecessários. Assim, é a capacidade de determinar o risco de sofrer de cancro realmente agressivo que faz com que esta abordagem seja tão importante.
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