sexta-feira, 3 de setembro de 2010

"Irène"

Tarde abrasadora de Verão em Lisboa. Tornou-se sedutora a perspectiva de uma ou duas horas refrescantes numa sala de cinema confortável e convenientemente climatizada. Por proximidade e moderado interesse pela sessão anunciada, a sala escolhida foi a número 5 do “Saldanha Residence”.

O monótono desenrolar das memórias do prestigiado realizador francês, baseadas em passagens, demasiado íntimas, do seu diário relativas à morte em acidente de viação da esposa Irène, uma ex-miss França, poderá justificar o pretenso sucesso deste filme? Julgo que não. Alain Cavalier deveria ter feito a sua catarse em privado ou no consultório de um psiquiatra. Teria sido melhor para a sua saúde mental. Claro que não teria sido tão lucrativo financeiramente como foi certamente com a ajuda do Júri do Festival de Cannes 2009 (un certain regard - voilà!).

Mas a pequena sala do cinema, povoada por mais meia dúzia de espectadores sonolentos, é muito confortável, dispõe de excelente equipamento de projecção e de som e estava realmente a uma óptima temperatura. Deu mesmo para recuperar forças.

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