O tema tem sido exaustivamente abordado. Mas os governos continuam a encarar o problema como sendo de importância relativamente menor e a não tomar todas as medidas adequadas. As taxas e os impostos relacionados com o comércio do tabaco, que atingem anualmente verbas avultadas e com interesse imediato para os orçamentos, isso sim é relevante. Por isso, os governos tendem a preocupar-se pouco com o que mais tarde é gasto no tratamento dos doentes e nas incapacidades originadas pelo tabaco.
Entretanto, no jornal "Expresso" do último sábado, pode ler-se que acaba de ser conhecido um relatório, mais um a juntar aos muitos estudos conhecidos, da Comité Nacional para la Prevención del Tabaquismo (CNPT), espanhola, e divulgado pelo jornal "El País" segundo o qual os fabricantes usam na produção de cigarros 400 a 600 novas substâncias, cujo efeito "prende ainda mais os consumidores". Ou seja, hoje os cigarros têm metade do tabaco que continham há 40 anos, mas viciam mais do que há quatro décadas!
Diz o CNPT, formado por profissionais de saúde e sociedade científicas, que "a nicotina pura é bastante menos viciante do que o tabaco vegetal". Conclui que estas transformações na composição dos cigarros dificultam a tarefa de deixar de fumar. Os derivados de amoníaco líquido (usados desde os anos 60) e a menta são exemplos de componentes que seriam inofensivos isolados, mas que no processo de combustão aumentam a dependência.
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