quarta-feira, 9 de junho de 2010

O sector privado no sistema de saúde português

De passagem por um hospital privado no Grande Porto, fica-se surpreendido pelo elevado número de utentes presentes, pelo elenco de profissionais prestadores de cuidados de saúde que ali prestam serviço assistidos por um   denso staff administrativo, bem como pelo conforto e limpeza das bem dimensionadas instalações. Numa observação rápida e, reconheçamos, superficial, tudo parece rolar sobre esferas.

E surgem as interrogações: qual será hoje o "peso" real do sector privado no sistema de saúde português? Quais são as suas perspectivas para o futuro?

Há cerca de mês e meio afirmava-se que "o sector privado da saúde tem uma produção equivalente a 13% das consultas e a 15% cento das cirurgias do serviço público e já há mais de dois milhões de portugueses com seguros de saúde" (Salvador de Mello, presidente do Conselho de Administração do grupo José de Mello Saúde, no IX Fórum Saúde, organizado pelo Diário Económico). Já Jorge Simões, coordenador do Plano Nacional de Saúde, professor universitário, demonstrou, na mesma ocasião, que mais de 60% das consultas de oftalmologia, 90 % das de saúde oral e 54% das de cardiologia são da responsabilidade do sector privado.

Para quando um estudo independente e completo sobre o actual sector privado da saúde, de onde surjam propostas bem sustentadas relativamente ao seu necessário e desejável papel  no âmbito do sistema de saúde português?

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