A exposição de Paris, nos antigo estúdio do fotógrafo Nadar, foi cuidadosamente preparada. Foi inaugurada duas semanas antes do evento anual do Salon e podia ser visitada diariamente das 10 às 18 horas e das 20 às 22 horas. A entrada custava um franco e o modesto catálogo (link) podia comprar-se por 50 cêntimos. Durante as semanas em que decorreu a exposição terão assistido a ela cerca de três mil e quinhentos visitantes e foram publicadas aproximadamente cinquenta resenhas e notas de imprensa.
No entanto, a venda das obras expostas foi mais difícil do que o esperado. O artista que teve mais êxito foi Alfred Sisley, seguido por Claude Monet, Auguste Renoir e Camille Pissarro. Degas e Morisot, por seu lado, não conseguiram vender nada.
Quando, a 17 de Dezembro, os representantes da "Société" se reuniram no atelier de Renoir para o encerramento de contas, havia um défice de 3713 francos. Frustrados, dissolveram a Sociedade e os artistas que tinham participado nela dispersaram-se. Cézanne viajou para Aix-en-Provence, Sisley aceitou um convite da Grã-Bretanha, Monet regressou com a família para Argenteuil e Pissarro que, devido à sua desesperada situação económica, nem sequer tinha conseguido ir a Paris, não teve outro remédio se não abandonar, semanas mais tarde, a sua casa em Pontoise; "Sofri atrozmente [...]", escreveu alguns anos depois a um amigo, referindo-se a esta época, "E ainda assim não hesitaria em fazer o mesmo se pudesse começar de novo".
(Adaptado de "Impressionismo", Martina Padberg, Ed. h.f.ullmann, 2008)
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