sábado, 26 de setembro de 2009

Daqui a 20 anos teremos das reformas mais baixas do Ocidente

Novo Instituto para o Envelhecimento vai estudar políticas de apoio aos idosos

.../...«o aumento da esperança média de vida e a corrida às reformas antecipadas criou uma ilusão que esconde debilidades estruturais: há cada vez mais idosos sozinhos, limitados pela falta de qualificações, incapazes de voltar ao mercado de trabalho apesar das dificuldades financeiras. "Estruturalmente, há uma contradição evidente", lembra o comissário da conferência, João Lobo Antunes, "entre os incentivos para a reforma antecipada" e "a necessidade dos mais velhos trabalharem além dos 65 anos". E não é, continua o neurocirurgião, "apenas uma questão económica", mas de "bem-estar psicológico" a longo prazo.

O apoio às reformas antecipadas na função pública e noutros sectores é, garante, uma armadilha. "Há uma euforia inicial. Com a reforma, as viagens, o descanso. Depois, muitos acabam por perceber que vão ficar parados e sozinhos durante anos", assegura o médico e conselheiro de Estado de Cavaco Silva.

.../...Em 2010, a percentagem de idosos (16,9%) e jovens (15,7%) equilibram-se. Em 2050, quase um terço da população total (31,6%) serão idosos contra apenas 13% de jovens, segundo o Instituto Nacional de Estatística e as projecções para a população residente. Há outros números também pouco animadores: dentro de 20 anos, os portugueses vão ter das reformas mais baixas entre os 30 países mais desenvolvidos do mundo. Os dados constam do último relatório da OCDE e prevêem ainda que, em 2030, um português, receberá uma reforma que será, no final da carreira, só 54% do último salário recebido.».../...(link)

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