Da "Opinião" de Nuno Rogeiro (link), publicada na revista "Sábado" (link) n.º 260 - 23 a 29 de Abril de 2009:
«Já não vinha ao Porto, com olhos de ver e com vagar, há alguns meses. Impressiona o salto que a cidade deu, por comparação com a capital. Está lavada, ordenada, com fachadas recuperadas e ruas sem buracos. Reconciliou-se com o rio e com o mar. Tem espaços humanos, onde a modernidade e a tradição cabem de forma equilibrada. Continua a haver cancros, bem entendido, a começar com o estrangulamento da estação central de Campanhã, cujo terminal do Minho e Douro, visionário e generoso, merecia bem melhores acessos.
Claro que em Lisboa está tudo o que amo. A Baixa, o Tejo, o Castelo, o Bairro Alto, as avenidas e o Campo Pequeno, o Marquês e o Saldanha, o caminho para o oceano, a vista para a outra margem, a entrada pela Vasco da Gama, o ar e a luz. E o Benfica.
Mas muito do que venero está em ruína, ou no caos, ou no lixo. Ora, não poderá Lisboa mudar profundamente? E ser, no mínimo, como o Porto?
E não se pode começar essa revolução nestas autárquicas?
Isto é, já?»
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