Cada vez mais, empresas internacionais, há muito estabelecidas em Portugal, encerram os seus centros de decisão local, passando a adoptar uma estratégia ibérica para a gestão e desenvolvimento dos seus negócios. Nessa perspectiva, é comum procurarem manter os quadros dirigentes portugueses, que são convidados a ir desempenhar as mesmas funções no país vizinho, geralmente em Madrid. Temos assim, agora, um novo tipo de emigração, não provavelmente destinada a suprir carências deste tipo de "mão-de-obra" altamente qualificada, a nível europeu, mas antes, talvez, porque estarão a ser reconhecidas melhores qualidade e competência nos profissionais do nosso país. Pensemos, porém, nas consequências nefastas para Portugal desta deslocalização de centros de decisão e do arrastamento concomitante, para o exterior, dos nossos trabalhadores mais qualificados.
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