Igreja dos Terceiros de São Francisco, Parque Municipal Aquilino Ribeiro, Viseu
O convite surgiu pelo telefone, inesperadamente. De um ex-camarada de armas do Batalhão que esteve em Moçambique há quase quarenta anos. E que por um acaso improvável havia obtido o número do contacto telefónico. O convívio teve lugar em Viseu, em Junho de 2006. Deslocação fácil e rápida para o local, no próprio dia, através de duas autoestradas, uma delas recentemente concluída. Inimaginável há 40 anos atrás... À chegada, a surpresa do reencontro com aqueles que a custo conseguia reconhecer nas fisionomias gastas pelo tempo. Rugas, cabelos brancos ou calvície, mascaravam hoje os outrora jovens temerários da "missão no ultramar". A caminho da Igreja onde se rezou pelos presentes e por todos os que já haviam partido, vislumbrou-se, vagamente, uma cidade acolhedora. De seguida, o percurso rápido para o restaurante onde seriam passadas as próximas longas horas, permitiu apenas observar, de relance, o quanto a cidade crescera ao longo de quatro décadas. Depois, a feira das vaidades... Dos que tinham "triunfado" na vida, que ali, naturalmente, os falhados não estavam presentes. Ouviram-se histórias de êxito, de empreendorismo, de fortuna, até de sucesso na política. E recontaram-se as histórias do passado, do duro dever militar, assumido e cumprido até ao fim. Mas que se revelaria inútil.
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