Uma despistagem generalizada do vírus da sida e o tratamento imediato com anti-retrovirais de todos os seropositivos permitiria reduzir em 95 por cento o número de pessoas infectadas num prazo de 10 anos, de acordo com um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A equipa de investidores da OMS, chefiada por Reuben Granich, utilizou modelos informáticos para prever o impacto de uma epidemia generalizada entre os heterossexuais num país como a África do Sul, o mais afectado no mundo pela sida. Segundo o estudo, se a estratégia anti-sida proposta fosse aplicada, o número de infectados pelo vírus HIV passaria de 20 por mil para um por mil no prazo de dez anos.
No final de 2007, cerca de três milhões de pessoas estavam a ser tratadas em todo o Mundo com anti-retrovirais, mas outros 6,7 milhões não dispunham desse tratamento, sem contar com os 2,7 milhões que foram infectados nesse ano.
Com a aplicação da estratégia proposta no estudo da OMS, os seus autores defendem que "a transmissão poderia ser reduzida a níveis limitados e a epidemia poderia decrescer fortemente até à sua eliminação, quando envelhecessem e morressem as pessoas em tratamento”.
Como parece tão fácil resolver problemas médicos no papel ou no computador! Só que, pretender analisar questões biológicas com fórmulas e cálculos matemáticos rígidos, sem ter em conta a variabilidade, a aleatoridade e consequente imprevisibilidade de comportamento deste tipo de fenómenos, é erro crasso. Será que foi avaliado o custo/benefício da estratégia proposta?
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