O artigo de opinião do jornalista Miguel Conde Coutinho, publicado ontem no "Jornal de Notícias", com o título "#copiarecolar". Com a devida vénia,
«Nunca hei de perceber por que razão as pessoas não pensam nas consequências do que publicam online, nem porque acreditam em tudo o que lhes aparece no feed das redes sociais.
Um exemplo: tenho observado que muita gente tem publicado uma patranha meio tonta sobre o algoritmo do Facebook, que alegadamente escolhe as mesmas 25 pessoas que vão ler os nossos posts. E que, para fintar o sistema, é preciso copiar e colar o texto a denunciar esse suposto esquema inventado pelo Zuckerberg - não se sabe com que objetivo, nem para que efeito.
Mas, enfim, uns publicam, outros veem, e alguns acreditam, replicando e perpetuando uma mentira, até que surja outra mais interessante ou que seja melhor fonte desse novo medo moderno: ninguém quer ficar a perder pitada sobre (o) nada; ninguém quer ter menos pessoas a lerem as suas importantes perorações.
E se é assim com coisas inofensivas como esta, mais facilmente se propagam outras mensagens, mais bem escritas e bem revestidas de falsa seriedade, construídas especificamente e com o propósito de explorar a fragilidade dos ignorantes com acesso a um palco virtual.
Estou sempre a repetir-me: no Facebook só é enganado quem quer. Copie e cole este mantra no seu mural. Pode ser que ajude mais do que 25 pessoas.»
Sem comentários:
Enviar um comentário