segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Paul Klee

Paul Klee, pintor e poeta alemão, nasceu no dia 18 de Dezembro de 1879, em Münchenbuchsee, comuna da Suíça, localizada no Cantão de Berna. É considerado um dos grandes pintores europeus do início do século XX.

Paul Klee nasceu no seio de uma família muito musical, sua mãe era cantora e seu pai dava aulas de música. Eles ensinaram Paul a tocar violino desde cedo. Nessa altura também já mostrava grande interesse pela pintura e desenho.  A música e a pintura tiveram, de facto, a mesma importância para Paul KLee, mas
ele também foi escritor.

Inicialmente, atendendo ao desejo dos pais, Paul KLee concentrou-se em tornar-se músico, mas, na adolescência, optou pelas artes visuais por acreditar que a música moderna, para ele, não tinha significado. Como músico, sentia ligação emocional às obras dos séculos XVIII e XIX, mas como artista plástico, Paul Klee abriu caminho à liberdade para explorar ideias e estilos radicais.

Em 1900 Paul Klee inscreveu-se na Academia de Belas Artes de Munique, começando por utilizar a pena e a tinta e a gravura. A cidade de Munique era um importante centro artístico, na qual vários artistas experimentavam técnica novas e fascinantes. Conheceu alguns desses artistas, como Wassily Kandinsky, Franz Marc e August Macke, que pintavam num estilo novo que influenciou Paul pelas cores brilhantes e das formas usadas. Mas  foi durante uma viagem à Tunísia, realizada em 1914, na companhia de August Macke, que Paul Klee se apaixonou definitivamente pela cor. A partir dessa altura a cor teve o protagonismo na sua obra, colocando o seu trabalho na fronteira entre a pintura figurativa e a abstracção.

Impossível de rotular devido à variedade e à originalidade de inspiração, a pintura de Paul Klee aproxima-se do expressionismo de Der Blaue Reiter, da pintura naïve, que em França obtivera resultados de grande valor na obra de "Douanier" Rousseau, e mesmo do surrealismo.

Paul Klee, porém, manteve-se fiel a uma atitude delicadamente irónica que o distinguiu sempre de qualquer movimento ou grupo constituído. Mesmo no seio da Bauhaus, onde ensinou entre 1920 e 1931, evitou qualquer rigidez didática, conservando inalterada a frescura, um tanto infantil, que lembra talvez o dadaísmo pela sua irreverência, mas que confere uma leveza harmoniosa ao seu tratamento da cor.

Paul Klee foi perseguido na Alemanha, na década de 1930, pelos nazis. Teve que fugir do país para não ser preso. Esta perseguição ocorreu devido ao envolvimento de Paul Klee com os movimentos artísticos radicais, que eram renegados pelos nazis. Assim, em 1933, Paul retornou à Suíça. Dois anos depois foi-lhe diagnosticada uma doença inflamatória autoimune progressiva, a esclerodermia. Paul Klee faleceu em Berna, no dia 29 de Junho de 1940.


The Lamb, Paul Klee, 1920, Städel Museum, Frankfurt am Mein, Alemanha

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