O consumo de café em cápsulas aumentou e disseminou-se por todo o mundo. Recentemente a cidade de Hamburgo, na Alemanha, proibiu a utilização das cápsulas em edifícios públicos e reacendeu o debate: o que fazer com os resíduos de cápsulas de café?
John Sylvan, o inventor da cápsula, declarou em entrevista que já se arrependeu da sua criação e do impacto ambiental que ela provocou. A respectiva patente expirou em 2012 e desde então multiplicaram-se as marcas a investir nesse mercado. Os fabricantes defendem-se das acusações e investem na recolha e no tratamento dos resíduos gerados por essas embalagens. A embalagem é composta por plástico ou alumínio e, após o seu uso, há restos de café que permanecem na cápsula, tornando a reciclagem complexa. Daí o impasse quanto ao destino desse lixo. Calcula-se que, só em Portugal, mais de 40% dos lares possuem máquinas deste tipo de embalagem de café.
A Nespresso, líder mundial na venda de máquinas de café, cápsulas e acessórios, em parceria com o "Banco Alimentar Contra a Fome" de Portugal, lidera o projecto "Reciclar é Alimentar". O programa cuida da separação do alumínio, que é depois reciclado, e da borra de café, que é utilizado como fertilizante e que está a ser usado em plantações de arroz no Alentejo. O arroz é posteriormente doado ao "Banco Alimentar". Ao longo de 5 anos foram entregues mais de 320 toneladas de arroz.
Está actualmente em curso uma alternativa inovadora: cápsulas revestidas de açúcar. Constituída por três componentes, açúcar, café em pó e leite, a cápsula é dissolvida em água quente, disponibilizando assim o café. Criada por um designer de Singapura, Eason Chow, a cafeteira Droops utiliza este novo tipo de cápsulas. Calcula-se que o seu preço será de cerca de 110 euros.
Enquanto não houver consenso quanto ao destino a dar às cápsulas, procure e leve as suas aos pontos de recolha da respectiva marca. Não existindo nenhum perto de si, o ecoponto amarelo é o recurso de última linha.
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