quarta-feira, 27 de abril de 2016

Eugène Delacroix (2)

(continuação)
As viagens a África  e a Espanha (1832) e a leitura de diversos autores, como Goethe, Shakespeare e Dante, serviram a Eugène Delacroix para ampliar o mundo temático (cenas da vida árabe e judia, indumentária, cenas de caça e de costumes, etc.) e desenvolver o seu estilo pictórico, caracterizado pelo emprego de cores muito luminosas. A esta época correspondem Boda Judia, Recepção do Imperador Abdarramão, Caça aos Leões, Mulheres de Argel, etc.

Eugène Delacroix pintou numerosos retratos, paisagens, naturezas-mortas, composições históricas (A Liberdade guiando o Povo, O Morticínio de Chios, A Tomada de Constantinopla pelos Cruzados, etc.), religiosas (Heliodoro Expulso do Templo, Jacob lutando com o Anjo), frescos monumentais em edifícios públicos parisienses, como os do "Salão do Rei", no Palácio Bourbon (1833-1837), os da biblioteca do Palácio do Luxemburgo (1845-1847) e o tecto da "Galeria de Apolo", no Louvre (1845-1851), litografias (Margarida e e Mefistófeles na Catedral, de 1827), desenhos e aguarelas, de entre as quais uma série de ilustrações das obras de Shakespeare e de Goethe.

Eugène Delacroix é também autor de obras teóricas, Des Critiques en Matière d'Art (1825), Question sur le Beau (1854) e o seu Journal (1893).

Ferdinand Victor Eugène Delacroix faleceu a 13 de Agosto de 1863, em Paris, na sequência de episódio de hemoptises consequente da tuberculose pulmonar de que padecia. Os seus restos mortais estão sepultados no cemitério de Père-Lachaise.

La Mort de Sardanapale, Eugène Delacroix, 1827, Museu do Louvre, Paris

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