Teresa Berganza Vargas, distinta mezzosoprano espanhola, ligada a frequentes interpretações de personagens de óperas de Rossini, Mozart e Bizet, admirada pela sua técnica, musicalidade e presença em cena, nasceu a 16 de Março de 1934 em Madrid.
Teresa Berganza estudou piano e canto no Conservatório de Madrid, onde ganhou o primeiro prémio de canto em 1954. Debutou nessa mesma cidade em 1955. Em 1957 fez a sua estreia internacional no Festival Aix-en-Provence, como "Dorabella", de Così fan tutte. Durante os dez anos seguintes apresentou-se noutros importantes teatros e festivais de ópera, como la Scala (1957), festival de Glyndebourne (1958), Royal Opera House (1959) como "Rosina", Metropolitan Opera (1967) como "Cherubino". Participou também na versão cinematográfica de Don Giovanni dirigida por Joseph Losey, actuando como "Zerlina", trabalhando com José van Dam, Ruggero Raimondi e Kiri Te Kanawa.
Outro marco importante da carreira de Teresa Berganza foi a sua estreia como recitalista, no Carnegie Hall em 1964. O seu repertório de concerto inclui canções espanholas, francesas, alemãs e russas. De 1957 a 1977 Berganza esteve casada com o pianista Félix Lavilla, com quem gravou e actuou com regularidade.
Em 1991, Berganza e outros cantores espanhóis foram distinguidos com o "Prémio Príncipe de Astúrias das Artes". Em 1992, participou na cerimónia inaugural da "Exposição Universal de Sevilha" e dos Jogos Olímpicos de Barcelona. Em 1994 foi eleita membro da "Real Academia de Bellas Artes de San Fernando", primeira mulher a obter esta distinção.
Teresa Berganza foi professora titular da Cátedra de Canto da Escola Superior de Música Rainha Sofia. Dirige também aulas magistrais em várias partes do mundo. Foi-lhe dedicado, em Madrid, um conservatório, o Conservatório Teresa Berganza. É Prémio Nacional de Música de Espanha.
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