Pierre Boulez estudou matemática em Lyon antes de se dedicar à música no Conservatório de Paris sob a direcção de Olivier Messiaen e Andrée Vaurabourg (esposa de Arthur Honegger). Estudou dodecafonismo com René Leibowitz e continuou a escrever música atonal num estilo serial pós-weberniano.
De 1960 a 1963 Pierre Boulez dirigiu, na Academia de Música de Basileia, uma classe de maestria de composição. Sucessor de Leonard Bernstein no cargo de maestro titular da Orquestra Filarmónica de Nova Iorque em 1971, foi maestro da Orquestra Sinfónica da BBC de Londres até 1974.
Como compositor, Pierre Boulez tentou criar uma síntese entre Anton Webern e Claude Debussy (tardio) em Le Marteau sans Maître (1953-1955). Elaborou, a partir de Olivier Messiaen, o princípio da organização serial do material sonoro global Structures pour Deux Pianos (1956). A ambiguidade estabelecida em Pli Selon Pli (1962) faz com que o intérprete seja um concriador.
Pierre Boulez compôs outras obras, como Le Visage Nuptial (1946) Le Soleil des Eaux (1948), Polyphonie X (1951), para 18 instrumentos solistas, Poésie pour Pouvoir (1958), Figures-Doubles-Prismes (1963), Éclat (1964), para 15 instrumentos, Domaines (1968), para clarinete e 21 instrumentos, e Notations (1978), para orquestra.
Pierre Boulez deixou-nos também vários escritos, como Penser la musique aujourd'hui (1963), Relevés d'Apprenti (1967) e Par Volonté et par Hasard (1975).
De 1976 a 1995, Pierre Boulez ocupou a Directoria de Criação, Técnica e Linguagem da Música no prestigiado "Collège de France". Continuou a dirigir e a compor nos anos 2000. Em 2002, foi agraciado com o célebre "Prémio Glenn Gould", pelas suas contribuições para a música contemporânea. No último ano de vida, Pierre Boulez assistiu à concretização de um sonho, a inauguração da casa da Philharmonie de Paris. Faleceu em Baden Baden, Alemanha, a 5 de Janeiro de 2016.
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