terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Henri Matisse e o movimento fauvista

Henri Matisse foi como que o porta-bandeira do movimento dos fauve. Na altura da "consagração" oficial do grupo, por ocasião do Salon d'Automne de 1905, ele teve a oportunidade de revelar o objectivo mais autêntico da pintura - a um crítico de arte que o acusava de ter utilizado demasiadas cores no rosto de uma mulher (no quadro La Femme au Chapeau), e troçar do aspecto pouco digno que esse excesso lhe conferia, Matisse respondeu: «Monsieur, je ne crée pas une femme, je fais un tableau» («Eu não crio uma mulher, eu pinto um quadro»).

E, de facto, nessa época, a arte de Matisse desenvolveu-se num afastamento cada vez maior em relação aos temas que, apesar de continuarem a estar presentes, não passam de meros pretextos que servem para evidenciar, por "diferença", as ideias de construção a partir das quais o pintor deve trabalhar.

La Raie verte, portrait de madame Matisse, Henri Matisse, 1905, Statens Museum for Kunst, Copenhaga
(Adaptado de "Guia de História da Arte", Editorial Presença, 5.ª edição, 2002)

Sem comentários: