António Carlos Gomes, maestro e o mais importante compositor de ópera brasileiro, nasceu no dia 11 de Julho de 1836 em Campinas, São Paulo.
Aluno do Conservatório do Rio de Janeiro desde 1859, Carlos Gomes apresentou em 1861 a ópera "A Noite do Castelo" e, em 1863, "Joana de Flandres". O êxito obtido mereceu-lhe uma bolsa de estudos por parte de D. Pedro II, que lhe permitiu matricular-se no no Conservatório de Milão. Em 1870 a sua ópera "O Guarani", baseada no romance com o mesmo nome, de José de Alencar, foi estreada no Teatro Scala de Milão. Encenada depois nas principais capitais europeias, esta ópera consagrou o autor e deu-lhe a reputação de um dos maiores compositores líricos da época. Iguais êxitos tiveram as óperas "Salvator Rosa" (1874) e "Maria Tudor" (1879). Digno de menção ainda o poema sinfónico "Colombo", escrito para o "Festival Columbus" de 1892.
Carlos Gomes foi o primeiro compositor brasileiro a alcançar projecção internacional. A sua linguagem musical, porém, integra-se no estilo italiano da época e,nomeadamente, de Verdi, que lhe dedicava grande estima.
Os modernistas de 1922 desprezaram Carlos Gomes, mas o público brasileiro valorizou sempre as suas modinhas românticas - "Bela ninfa de minh'alma", "Suspiros d'alma", "Quem sabe?" -, a parte mais autenticamente nacional da sua obra, e a abertura ("protofonia") de "O Guarani". Em 1993 esta ópera, meio esquecida, voltou aos palcos europeus ao ser montada por Wemer Herzog, na ópera de Bona, com Plácido Domingo no papel de Peri.
António Carlos Gomes morreu em Belém, no dia 16 de Setembro de 1896.
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