Durante os anos da guerra civil espanhola e da II Grande Guerra Mundial, as obras de Joan Miró revestiram-se de uma selvajaria e realismo feroz: Cabeza de Mujer, Naturaleza Muerta del Viejo Sapato, etc. No final dos anos 30 do século XX, a paisagem mironiana sintetizou-se e limitou-se aos elementos primordiais do cosmos, elaborando e depurando cada vez mais uma linguagem de signos e metáforas plásticas, pessoalíssimas, de onde a sua singular mitologia (mulher, pássaro, estrela, Lua e Sol e, como símbolos da força vital, espirais e traços). Representativa desta etapa é a série Constelaciones, realizada em França durante a ocupação alemã (1941), na qual Miró introduziu os elementos básicos que caracterizaram definitivamente toda a sua obra posterior (cores lisas, linhas e traços negros, formas fantásticas, etc.).
(continua)
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