Jacques Romain Georges Brel, autor de canções, compositor e cantor belga, nasceu no dia 8 de Abril de 1929 em Schaerbeek, comuna de Bruxelas, Bélgica, de pai flamengo mas francófono e de mãe de sangue francês e italiano. Tornou-se internacionalmente conhecido pela canção Ne me quitte pas, por si próprio composta e interpretada.
A seguir à escola primária, para onde entrou em 1935, frequentou o Colégio Saint-Louis, a partir de 1941. Aluno pouco brilhante, foi neste colégio que Brel começou a mostrar interesse pelas artes. Em 1944, com 15 anos, colaborou na criação do grupo de teatro, actuando em várias peças, escrevendo também três pequenas histórias e interpretando, ao piano, alguns improvisos para poemas que ele próprio escrevera.
Em 1946 Brel aderiu a uma organização de solidariedade católica, a Franche Cordée, de ajuda aos doentes, pobres, órfãos e idosos. Foi aqui, e não no seu ambiente familiar ou escolar, que se iniciou a sua formação cultural. Entre as actividades desta organização contava-se a realização de recitais, onde Brel se iniciou nas apresentações públicas, acompanhando-se a si próprio à viola. Foi também aqui que conheceu Thérèse Michielsen ("Miche") com quem se viria a casar em 1950.
Em 1953, Brel foi para Paris, onde inicialmente não seria bem recebido devido às suas canções frequentemente agressivas. Mas a segunda metade da década de 50 foi já passada num grande ritmo de espectáculos (chegou a participar em 7 espectáculos numa única noite). Para além dos sucessos conseguidos no Olympia e no Bobino, em Paris, foi fazendo espectáculos um pouco por todo o mundo.
Em 1954 foi publicado o seu primeiro álbum, "Jacques Brel et ses chansons". Tornou-se então notado por Juliette Gréco que gravou uma das suas canções, "Le diable". Este encontro foi marcante no futuro da carreira de Brel, pois foi nessa altura que se iniciou uma frutuosa colaboração com Gérard Jouannest, pianista e acompanhante da cantora, e com o também pianista e orquestrador François Rauber. O ritmo de espectáculos anuais passou a ser ainda mais intenso, chegando a ultrapassar 365 num único ano.
Em 1966 Jacques Brel anunciou que iria deixar de actuar em público como cantor. Seguiram-se vários espectáculos de despedida, nomeadamente em Paris (Olympia) e em Bruxelas (Palais des Beaux-Arts). Apesar da insistência dos seus amigos, Brel não mudou de ideias e, em 16 de Maio de 1967, fez a sua última actuação ao vivo em Roubaix.
Brel dedicou-se então a uma carreira no teatro e no cinema, participando como actor em mais de uma dezena de filmes e, como realizador, em dois deles, Franz e Le Far West. Após este último filme, Brel disse um novo adeus ao mundo do espectáculo, desta vez muito mais radical. Deixou Paris e a França. Os seus brevets, aéreo e marítimo, abriam-lhe a porta à possibilidade de vaguear pelo mundo por ar e por mar.
Em Outubro de 1974 foi-lhe detectado um tumor no pulmão e no mês seguinte Brel submeteu-se à ablação do lobo pulmonar superior esquerdo. Depois de um breve repouso, decidiu partir no seu veleiro e em Novembro de 1975 chegou à baía de Atuona, na ilha Hiva Oa, do arquipélago das Ilhas Marquesas, Polinésia Francesa.
Naquelas ilhas isoladas, Brel não procurava o isolamento, mas antes o contacto com uma realidade totalmente desconhecida, ainda não contaminada pela "civilização". Em 1976 alugou uma pequena casa em Hiva Oa.
Em 1978 a saúde começou novamente a degradar-se e, em Julho, Jacques Brel voltou a Paris para novos tratamentos. Em Outubro foi internado com uma embolia pulmonar, vindo a falecer com 49 anos, no dia 9 de Outubro de 1978. Mas o regresso a Hiva Oa deu-se uma última vez e Jacques Brel ficou sepultado no cemitério local.
Na extensa discografia de Brel sobressaem títulos, além de Ne me quite pas, como Les bourgeois, Le moribond e Le plat pays. A sua capacidade de comunicação, o seu lirismo e profundidade musical converteram-no numa das figuras mais inovadoras da canção francesa.
Em 1954 foi publicado o seu primeiro álbum, "Jacques Brel et ses chansons". Tornou-se então notado por Juliette Gréco que gravou uma das suas canções, "Le diable". Este encontro foi marcante no futuro da carreira de Brel, pois foi nessa altura que se iniciou uma frutuosa colaboração com Gérard Jouannest, pianista e acompanhante da cantora, e com o também pianista e orquestrador François Rauber. O ritmo de espectáculos anuais passou a ser ainda mais intenso, chegando a ultrapassar 365 num único ano.
Em 1966 Jacques Brel anunciou que iria deixar de actuar em público como cantor. Seguiram-se vários espectáculos de despedida, nomeadamente em Paris (Olympia) e em Bruxelas (Palais des Beaux-Arts). Apesar da insistência dos seus amigos, Brel não mudou de ideias e, em 16 de Maio de 1967, fez a sua última actuação ao vivo em Roubaix.
Brel dedicou-se então a uma carreira no teatro e no cinema, participando como actor em mais de uma dezena de filmes e, como realizador, em dois deles, Franz e Le Far West. Após este último filme, Brel disse um novo adeus ao mundo do espectáculo, desta vez muito mais radical. Deixou Paris e a França. Os seus brevets, aéreo e marítimo, abriam-lhe a porta à possibilidade de vaguear pelo mundo por ar e por mar.
Em Outubro de 1974 foi-lhe detectado um tumor no pulmão e no mês seguinte Brel submeteu-se à ablação do lobo pulmonar superior esquerdo. Depois de um breve repouso, decidiu partir no seu veleiro e em Novembro de 1975 chegou à baía de Atuona, na ilha Hiva Oa, do arquipélago das Ilhas Marquesas, Polinésia Francesa.
Naquelas ilhas isoladas, Brel não procurava o isolamento, mas antes o contacto com uma realidade totalmente desconhecida, ainda não contaminada pela "civilização". Em 1976 alugou uma pequena casa em Hiva Oa.
Em 1978 a saúde começou novamente a degradar-se e, em Julho, Jacques Brel voltou a Paris para novos tratamentos. Em Outubro foi internado com uma embolia pulmonar, vindo a falecer com 49 anos, no dia 9 de Outubro de 1978. Mas o regresso a Hiva Oa deu-se uma última vez e Jacques Brel ficou sepultado no cemitério local.
Na extensa discografia de Brel sobressaem títulos, além de Ne me quite pas, como Les bourgeois, Le moribond e Le plat pays. A sua capacidade de comunicação, o seu lirismo e profundidade musical converteram-no numa das figuras mais inovadoras da canção francesa.
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