terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Juan Diego Flórez

Juan Diego Flórez Salom, tenor lírico, nasceu em Lima, Peru, no dia 13 de Janeiro de 1973. 

Flórez é um tenor ligeiro, com agudos fáceis e com uma estrutura harmónica única. A sua extensão é de duas oitavas atingindo o Mi bemol alto. Pavarotti em 2003 declarou, que se houvesse um sucessor seu, seria Flórez.

O pai de Juan era guitarrista e cantor de uma banda de música popular e criola. Inicialmente Juan Diego, que pensava seguir uma carreira com música popular,  entrou para o Conservatório Nacional da Música em Lima com dezassete anos de idade. Estudou canto clássico sob orientação de Andrés Santa María. Durante esse período, tornou-se membro do Coro Nacional do Peru e cantou como solista na Coronation Mass de Mozart e na Petite Messe Solennelle de Rossini.

De 1993 a 1996 Juan Diego Flórez estudou no Instituto Cursti, em Filadélfia,  e começou a cantar em produções estudantis de ópera com o repertório que ainda hoje mantém: Rossini e óperas de Bellini e Donizetti. Durante este período estudou também com Marilyn Horne na Academia de Música do Oeste, em Santa Barbara. Em 1994 o tenor peruano Ernesto Palacio convidou-o para gravar a ópera italiana Il Tutore Bulato de Vicente Martín Soler. Ernesto Palacio passou então a ser professor de Flórez.

A estreia profissional de Juan Diego Flórez aconteceu em 1996 no Festival Rossini, na cidade italiana de Pesaro, lugar onde Rossini nasceu. Ao 23 anos substituiu o cantor titular Bruce Ford, que adoecera, em Matilde di Shabran. Apresentou-se, nesse mesmo ano, no La Scala, como Chevalier, na ópera Armide de Gluck. Estreou-se no Covent Garden em 1997, interpretando o papel do Conde Potoski, na estreia mundial de Elisabetta, uma versão reformulada da obra original de Donizetti. Estreou-se na Ópera Estatal de Viena no ano 2000, como Rinuccio em Gianni Schicchi. Em 2002 apresentou-se na Metropolitan Opera House, interpretando o papel do Conde de Almaviva, do O Barbeiro de Sevilha, de Rossini. 

Em 20 de Fevereiro de 2007 Juan Diego Flórez quebrou a tradição imposta por Toscanini no La Scala de Milão e ofereceu um bis na estreia de A Filha do Regimento, de Gaetano Donizetti, quando, no papel de Tonio atacou a ária "Ah mes amis" com os seus famosos nove "Dó" sobreagudos ("Dó de peito"). Quando Flórez acabou de cantar, os espectadores aplaudiram de pé durante mais de cinco minutos. O último bis de um cantor no La Scala havia ocorrido em 1933, quando o baixo russo Fiódor Chaliapin teve de repetir "A Calúnia" de O Barbeiro de Sevilha, de Rossini.

A 8 de Abril del 2008, o tenor espanhol Plácido Domingo expressou a sua admiração por Juan Diego Flórez, afirmando em Madrid: "É o maior tenor ligeiro de todos os tempos, o máximo na sua categoria. Não me lembro de outro que tenha cantado assim esse repertório tão difícil que ele interpreta" "quando Juan Diego canta com Rés bemoles e naturais, são verdadeiros, não de falsete, verdadeiros agudos", salientou o tenor espanhol.

Juan Diego Flórez assinou um contrato com a Decca em 2001. Desde então já gravou seis CDs com a gravadora.

Sem comentários: