terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Aleksandra Ekster, pintora vanguardista russa

Aleksandra Aleksandrovna Ekster, pintora e designer franco-russa, dos movimentos cubo-futurista, suprematista e construtivista, nasceu no dia 6 de Janeiro de 1882 em Białystok, Império Russo, actualmente Polónia.

Nascida numa família abastada (seu pai, Aleksandr Grigorovich era um comerciante de sucesso), Aleksandra recebeu uma educação privada de qualidade, tendo estudado línguas, música, arte e desenho. Em 1903 casou com Nikolai Evgenyevich Ekster, um advogado de sucesso de Kiev. Os Eksters faziam parte da elite cultural e intelectual de Kiev. No mesmo período, Aleksandra estudou pintura na Escola Artística de Kiev. Em 1907 passou vários meses em Paris, onde frequentou a Académie de la Grande Chaumière em Montparnasse. De 1908 a 1924 alternou residência entre Kiev, São Petersburgo, Odessa, Paris, Roma e Moscovo.

O seu estúdio no sótão da Rua Funduklievskaya foi ponto de encontro para a elite intelectual de Kiev. Em 1908 Aleksandra participou numa exposição conjuntamente com membros do grupo Zveno, organizada em Kiev por David Burliuk e Wladimir Burliuk, entre outros. Em Paris tornou-se amiga pessoal de Pablo Picasso e de Georges Braque, que a apresentaram a Gertrude Stein. Em 1914 Aleksandra Ekster participou nas exposições do Salon des Indépendants em conjunto com Kazimir Malevich, Alexander Archipenko, Vadym Meller, Sonia Delaunay-Terk e outros artistas russos e franceses. Nesse mesmo ano participou com Archipenko, Koulbine e Rozanova na Exposição Futurista Internacional em Roma. Em 1915 juntou-se ao grupo de vanguarda Supremus, ou grupo do suprematismo.

Vista de Paris, Aleksandra Ekster, 1912, cubo-futurismo
Aleksandra Ekster absorveu influências de várias fontes e culturas para desenvolver o seu próprio estilo. Em 1919, juntamente com outros artistas de vanguarda como Kliment Red'ko and Nina Genke-Meller, decorou as ruas de Kiev com motivos abstractos para as comemorações da Revolução.

Em 1924 Aleksandra Ekster e o marido emigraram para França e fixaram-se em Paris. No início, Aleksandra tornou-se professora na Academia de Arte Moderna e entre 1926 e 1930 leccionou na Academia de Arte Contemporânea de Fernand Léger. Em 1933 começou a criar iluminuras delicadas (guache sobre papel) que são os mais notórios trabalhos da última fase da sua vida. O manuscrito "Callimaque" (1939), contendo uma tradução francesa de um hino do poeta Grego Callimachus é amplamente reconhecido como a sua obra-prima. Em 1936 participou na exposição Cubismo e Arte Abstracta em Nova Iorque e em exposições individuais em Praga e Paris.

Durante as últimas décadas, a reputação de Aleksandra Ekster aumentou radicalmente, bem como o valor das suas obras, o que tem originado o aparecimento de inúmeras falsificações no mercado e praticamente todas as monografias recentes de Ekster foram publicadas com o único propósito de tentar dar autenticidade a essas falsificações.

Aleksandra Ekster faleceu em  Fontenay-aux-Roses, França, a 17 de Março de 1949.

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