Marc Zakharovich Chagall, pintor, ceramista e gravurista surrealista judeu russo-francês, nasceu a 7 de Julho de 1877 em Liosno, Witebsk, no Império Russo. Formou-se em Witebsk e em São Petersburgo. De 1910 a 1914 frequentou, em Paris, o círculo artístico de Guillaume Apollinaire, B. Cendars e A. Salmon.
As fantasias de Chagall, inspiradas no folclore russo e na mística do judaísmo oriental, situam-no, até 1919, na órbita da estética cubista. Em 1923 fixou-se definitivamente em Paris. Juntamente com as ilustrações executadas para as obras de Gogol, La Fontaine e a colecção de gravações sobre a Bíblia, criou numerosas obras que tinham um sentido fábulo-surrealista e subtis tratamentos da cor, mas nos primeiros tempos apenas ampliou a sua temática (cenas do povo russo, pares de noivos, temas do Antigo Testamento).
Expulso da Alemanha em 1933, a obra A Crucificação Branca, de 1938 adquiriu um carácter de denúncia perante a perseguição judaica na época nazi. Chagall fundiu os relatos bíblicos com os episódios anti-semitas que viveu em plena Segunda Grande Guerra Mundial. Esta obra não enfatiza a devoção e a contrição espiritual, mas sim a luta de um povo transgredido. A cruz é o luto de Chagall a favor dos judeus.
Expulso da Alemanha em 1933, a obra A Crucificação Branca, de 1938 adquiriu um carácter de denúncia perante a perseguição judaica na época nazi. Chagall fundiu os relatos bíblicos com os episódios anti-semitas que viveu em plena Segunda Grande Guerra Mundial. Esta obra não enfatiza a devoção e a contrição espiritual, mas sim a luta de um povo transgredido. A cruz é o luto de Chagall a favor dos judeus.
A Crucificação Branca, Marc Chagall, 1938, The Art Institute of Chicago |
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